Energia Positiva+ seleciona 14 projetos inovadores para contribuir para a recuperação económica e social face à COVID-19 do setor energético
Depois de analisar as quase 400 propostas recebidas, a plataforma Energia Positiva+ selecionou 14 projetos de entre as 396 propostas recebidas após o lançamento da sua convocatória urgente no passado mês de abril.
As propostas que oferecem soluções para mitigar o impacto económico e social da COVID-19 foram apresentadas no evento Energia Positiva+ Demo Day, realizado de forma virtual na tarde de ontem e organizado pelas empresas responsáveis pela iniciativa: Enagás, Red Eléctrica, CLH, Iberdrola, bp, EIT InnoEnergy, Acciona, Capital Energy e DISA. A iniciativa conta ainda com a colaboração de instituições como a Startup Olé, ASCRI, El Referente, Socios Inversores, Byld, Everis, Dentons, PKF Attest innCome e Pons IP.
O encontro contou com a participação dos CEO das empresas organizadoras e foi aberto pelo Alto Comissário para Espanha Nação Empreendedora, Francisco Polo, que quis destacar o valor desta iniciativa conjunta porque “a união é o que nos tem permitido ultrapassar a fase mais complicada da crise sanitária e será fundamental ultrapassar o impacto económico e social que a pandemia irá gerar em Espanha”. Neste sentido, afirmou que “a Energia Positiva representa o melhor do empreendedorismo no nosso país. Parece-me um sucesso, pois representa o melhor da sociedade espanhola e a importância de nos unirmos para fazermos face aos grandes desafios que temos pela frente”.
Os 14 projetos selecionados foram apresentados por startups ou scaleups espanholas, com diferentes graus de maturidade e percurso profissional e superaram uma primeira fase na qual as empresas promotoras analisaram todas as propostas recebidas. Além disso, as empresas realizaram entrevistas com as startups e scaleups para avaliarem a sua viabilidade e maturidade.
Várias das propostas abordam os principais vetores do novo modelo energético e centram-se na descarbonização, energias renováveis, eficiência energética, armazenamento, mobilidade sustentável e economia circular. Entre elas, por exemplo, apresenta-se uma solução inovadora para promover a geração de energia renovável através de plataformas eólicas flutuantes; uma tecnologia de armazenamento para permitir uma maior penetração de renováveis no mix energético ou outra capaz de aproveitar qualquer tipo de resíduo orgânico ou inorgânico, convertendo-se num gás com alto teor de hidrogénio.
Outros dos projetos apresentados visam contribuir diretamente para mitigar o impacto da crise da COVID-19 e oferecem alternativas para enfrentar o futuro imediato após a pandemia, como, por exemplo, um túnel desinfetante ecológico que não utiliza derivados da lixívia; dispositivos para limpar o ar de vírus e bactérias através da geração de plasma atmosférico; ou recipientes transportáveis para produzir oxigénio médico a partir da eletrólise.
Especificamente, as startups/scaleups responsáveis pelas propostas são: Solatom CSP S.L, Hybrid Energy Storage Solutions S.L, Pastoria Project, S.L, Nautilus Floating Solutions, S.L, PFT Engineering Development, Zubi New Ventures S.L, Egoa Energía, Light App SL, Cedrion Consultoría Técnica e Ingeniería S.L, OriGen.AI, Inc., Silbat Energy Storage Solutions, Graphene Solutions, Ariema Energía e Cedanjobs.
A convocatória urgente Energia Positiva+, pioneira em Espanha, foi lançada a 7 de abril em busca de projetos que, do ponto de vista energético, articulem a inovação como principal ferramenta para promover a recuperação económica e social de Espanha após a crise da COVID-19. Em apenas treze dias, a convocatória recebeu um total de 396 propostas.
Numa próxima fase, as empresas promotoras da Energia Positiva+ concluirão as suas análises e cada uma delas celebrará antes do fim de maio um acordo de colaboração com, pelo menos, uma startup/scaleup e que pode, em alguns casos, ser conjunto por parte de várias empresas. Os projetos finalmente escolhidos receberão apoio das empresas para o desenvolvimento do projeto através de financiamento e/ou disponibilizando-lhes as suas ferramentas de inovação, investimento, desenvolvimento comercial e estrutura.
O objetivo é que em junho as startups/scaleups com as quais se celebra um acordo comecem a trabalhar para desenvolver e implementar as suas soluções no prazo de um ano, cumprindo com o calendário definido.